31/07/09

Botvinnik nos Finais...


Nascido em Kuokkala, próximo de Vyborg, apareceram notícias suas no mundo do xadrez quando tinha apenas 14 anos e derrotou o campeão mundial, José Raúl Capablanca.
Progredindo de forma rápida, aos 20 anos de idade já Botvinnik era um mestre soviético de mérito firmado, tendo vencido pela primeira vez o Campeonato Soviético em 1931. Este feito repetiu-se nos anos de 1933, 1939, 1941, 1945 e 1952.
Aos 24 anos, Mikhail Botvinnik competia de igual para igual com a elite mundial, acumulando sucessos em torneios internacionais em alguns dos torneios mais fortes da época. Podemos referir as vitórias em Moscovo em 1935 (empatado com Salo Flohr e deixando para trás Emanuel Lasker e Capablanca) e em Nottingham em 1936, para além do prestigioso terceiro lugar (atrás de Reuben Fine e Paul Keres) no torneio AVRO em 1938.
Sem surpresa, Botvinnik continuou a sua senda de sucesso e deteve o título de Campeão do Mundo em três períodos distintos (1948-57, 1958-60 e 1961-63). A sua longa permanência na elite mundial do xadrez é atribuída à sua impressionante dedicação ao estudo. A preparação dos jogos e a sua análise posterior não eram armas que os seus antecessores esgrimissem, sendo contudo este estudo que conferia a Botvinnik muita da sua força. A técnica em vez da táctica, perícia no final em vez das armadilhas nas aberturas.
Adoptou e desenvolveu linhas sólidas de aberturas na Nimzo-Indiana, Defesa Eslava e Defesa Francesa, que se aguentaram perante vários testes, sendo-lhe possível concentrar-se num pequeno repertório de aberturas durante os seus match’s mais importantes, permitindo-lhe frequentemente encaminhar o jogo para temas bem preparados. Por várias vezes defrontou, em encontros de treino “secretos”, mestres do calibre de Flohr, Yuri Averbakh e Viacheslav Ragozin. Foi o desvendar, muitos anos depois, dos detalhes destes encontros, que proporcionou aos historiadores do xadrez uma abordagem inteiramente nova ao reinado de Botvinnik.
É talvez surpreendente que Mikhail Moiseyevich Botvinnik não seja solidamente apontado como um concorrente ao título de melhor jogador de todos os tempos.
Por um lado, os seus feitos foram indubitavelmente impressionantes e deve ser recordado que muitos dos seus rivais, os mais jovens Paul Keres, David Bronstein, Vasily Smyslov, Mikhail Tal e Tigran Petrosian eram, por mérito próprio, jogadores formidáveis. Ele ainda iniciou uma nova forma de encarar o xadrez, com a sua forma de treino e profunda preparação das aberturas.
Por outro lado, os críticos apontam o facto de raramente aparecer em torneios após a Segunda Guerra Mundial e o seu registo fraco em match’s do campeonato do mundo – duas derrotas, das quais conseguiu recuperar o título na desforra, tendo lutado para conseguir empatar os outros dois match’s. Muitos consideram ainda que o jogo de Botvinnik era baseado na precisão dos movimentos, em vez de o ser nas jogadas intuitivas ou espectaculares – embora o jogador, de classe mundial, Reuben Fine tenha escrito que a colecção dos melhores jogos de Botvinnik era uma das “três mais belas”.
Três factores contribuíram para o seu registo algo inconsistente. A Segunda Guerra Mundial rebentou exactamente quando Botvinnik entrou no seu melhor período – ele poderia ter sido campeão mundial 5 anos mais cedo, se a guerra não tivesse interrompido as competições internacionais de xadrez. Ele foi o único xadrezista de classe mundial que tinha em simultâneo com a sua actividade no xadrez, uma distinta e longa carreira noutro área – o governo soviético condecorou-o pelos seus feitos em engenharia, e Fine contava uma história que mostrava que Botvinnik estava igualmente comprometido com a engenharia e o xadrez. Finalmente, os campeões do mundo anteriores estavam livres para evitar os seus concorrentes mais fortes, da mesma forma que se passa com os pesos pesados do boxe actualmente – Botvinnik foi o primeiro campeão a ter de enfrentar os seus concorrentes mais fortes de três em três anos, e ainda assim conservou o título mais tempo que qualquer um dos seus sucessores exceptuando Garry Kasparov.
Dos anos 1960 em diante, Mikhail Botvinnik preferiu, em vez da competição, dedicar-se ao desenvolvimento de programas de xadrez para computador e assistir e treinar jogadores mais novos – os três famosos K’s soviéticos Anatoly Karpov, Garry Kasparov e Vladimir Kramnik foram três dos seus muitos estudantes.
A autobiografia de Botvinnik, K Dostizheniyu Tseli, foi publicada em russo em 1978, e a tradução em inglês em 1981 como Achieving the Aim.

Em baixo deixo alguns finais famosos de Botvinnik.




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10/07/09

Estudos (28)


As Brancas Jogam e Empatam!

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09/07/09

Estudos (27)


As Brancas Jogam e Empatam!

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07/07/09

O Xadrez Nacional está de Luto


Faleceu hoje o meu amigo Walter Tarira, no Hospital de Santa Maria, onde estava internato há poucos dias.

O Walter Tarira era dirigente e jogador e um dos grandes impulsionadores do xadrez em Alverca, sócio nº1 dos Peões de Alverca.
Queria deixar aqui o meu voto de pesar aos seus familiares. Walter Tarira estará em câmara ardente na Igreja de São Pedro de Alverca e o funeral terá lugar amanhã por volta das 16 horas.

06/07/09

Classificação Final do II Circuito de Open´s Temáticos Ozone Bowling Café


Realizou-se ontem o 8º Open Temático – Gambito Volga englobado no II Circuito de Open’s Temáticos “Ozone Bowling Café”.
Com este Open finalizou-se este Circuito que contou com a presença de 31 atletas de diversos clubes.
No final foram distribuídos os Prémios do Circuito e houve um jantar com alguns dos intervenientes deste circuito.
Obrigado pela vossa presença!


Classificação do Open Temático – Gambito Volga

Classificação Final do Circuito

03/07/09

Estudos (26)


As Brancas Jogam e Empatam!

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02/07/09

Estudos (25)


As Brancas Jogam e Ganham!

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